quinta-feira, 27 de junho de 2013
Eu nunca soube finalizar uma história, por isso nunca fui muito apta em lidar com despedidas quando eu via alguém indo embora. A ideia do "adeus" sempre me doeu, como um machucado recente. Eu sempre achei que as coisas foram feitas pra durar. Término nunca foi muito a minha cara. Às vezes eu preferia me acostumar com a dor do perdão, do que com a dor do adeus. Eu já perdoei muita coisa sem finalizar uma história pra não ter que sentir a dor da despedida, pra não sentir saudade. Um erro é claro, porque eu sei que um dia eu vou ter que aprender na marra. Não dá pra ficar colocando pano quente em cima de ferida que sangra, porque só um médico vai resolver. Era assim comigo, eu colocava pano quente em cima de feridas, eu queria evitar a dor de um lado, mas eu nunca deixei de sentir aquele que doía de outro. Porque se eu perdoava uma traição e não finalizava aquilo, eu tinha que conviver com a dor do perdão. Eu tinha que conviver com uma certa dor, então o que eu estava tentando evitar mesmo? Eu sabia que ia doer do mesmo jeito, mas a dor parecia menor então eu insistia em manter coisas velhas guardadas porque me desfazer daquilo doía muito mais do que guardar. A verdade é que eu nunca gostei de despedidas, eu sempre achei que as coisas deveriam ser eternas, e por isso acabei acumulando dor, dor desnecessária.
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